A cantada do economista
Um certo economista conseguiu conquistar o coração de uma certa economista através da seguinte cantada durante uma festa:
− Sabia que você é o melhor investimento dessa festa?
− Se você está procurando aplicações de curto prazo, pode reduzir seus gastos com as palavras. Sou uma mulher de renda fixa!
O economista percebeu então que deveria aumentar seu capital de risco:
− Gosto de mulheres assim. Oferecem mais segurança. Essas palavras só garantiram sua valorização!
E a economista, nervosa, remexeu uns papéis na bolsa e subscreveu um lote de desconfiança:
− Quer dizer que minha cotação não caiu?
O economista sorriu, um sorriso cheio de superávit...
− Pelo contrário! Eu já não consigo conter a inflação dos meus sentimentos... juro!
− De quanto?
Ele cochichou-lhe qualquer coisa no ouvido e ela arregalou os olhos. Com certeza, há tempos não encontrava um homem oferecendo taxas tão altas.
Insegura, oscilando como as variações da TR, ela permaneceu em silêncio e ele foi em frente, decidido a obter seu quinhão.
− Você parece triste, em déficit com a vida. Seu IBV médio está em baixa?
− É claro. Há um grande desequilíbrio entre a oferta e a procura, disse ela.
− Os homens não parecem interessados em aplicações a longo prazo. Além disso, sofri uma queda e tive um corte no orçamento.
− Escuta. Por que não saímos daqui? Vamos lá para o meu apartamento? Acho que poderemos fazer um belo programa... de ajuste fiscal.
− Isso é muito commodities pra você!
− Ora vamos! Prometo não lhe envolver em ações ordinárias.
Enquanto ela fazia a conversão da dívida, ele aumentou os incentivos:
− Percebo, pelas projeções dos meus desejos, que temos um grande mercado futuro pela frente. Podemos até adotar um redutor.
Era o que ela precisava ouvir para que a noite rendesse dividendos e bonificações. Ao chegarem a casa, ele, como bom investidor, não perdeu tempo e remunerou o ouvido dela com um pedido:
− Posso transferir alguns recursos líquidos?
Ela o empurrou.
− Você está muito ativo. Respeite ao menos minha poupança interna.
Ele, porém, não estava ali para ficar ouvindo sermões e pregões e, antes que ela resolvesse iniciar uma negociação que se sabe lá quando terminaria, ele aproximou-se e disse baixinho:
− Sabe do que eu gostaria? De botar no teu fundão!
Ela transferiu suas ações (preferenciais) para o fundo e entregou-se como cheque ao portador:
− Tudo bem, mas desde que o seu PIB pare de crescer!
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